Nota: a funcionalidade SpotPass da Caixa Postal Nintendo está, desde 01/11/13, suspensa. Lê a declaração sobre o serviço SpotPass na Caixa Postal Nintendo para mais informações.
Pensaram que usando o SpotPass na Nintendo 3DS poderiam ser capazes de remover a desilusão de aceder ao servidor e descobrir que nenhuma mensagem nova tinha chegado.
Certo. Se usássemos isso, o que os teus amigos ou família tinham enviado seria automaticamente entregue nas tuas mãos, por isso pensámos: “Isto é bom.” Fiz materiais de apresentação que delineavam as vantagens de refazer o software para a Nintendo 3DS e mostrei-to todo entusiasmado.
E as minhas palavras de abertura foram: “Porque não a recrias para a Nintendo 3DS?”
Sim. (risos) A minha reação foi: “Vá lá! Preparei estes materiais todos!” (risos)
Mas mesmo que tivesse sido melhor recriá-la para a Nintendo 3DS, deve ter sido difícil para a Denyu-sha pegar numa coisa que haviam demorado tanto tempo a fazer para a Nintendo DSi e começar de novo.
Com certeza! (ri ironicamente)
Qual foi a tua reação quando Imai-san sugeriu fazê-la para a Nintendo 3DS?
Só mais tarde é que ouvi algo em concreto sobre a Nintendo 3DS. A versão para a Nintendo DSi estava quase terminada e, com o aproximar do final de 2009, só tínhamos de fazer a depuração. Mas depois Imai-san disse: “Porque é que não demoramos mais um bocadinho no fim do ano?”
(risos)
Normalmente deverias estar na fase da depuração mas ele queria que andássemos nas calmas! (risos)
Sim. Assim, quando um ano se transformou em dois anos, comecei a perguntar-me o que se passava.
Foi um “Ano Novo” de descontentamento.
Tinham-me dito para não me preocupar com o prazo, mas eu não fazia outra coisa senão preocupar-me!
(risos)
Depois, finalmente, lá mais para o fim de janeiro, surgiu a ideia de o fazer de novo para uma nova plataforma.
Nessa altura, o nome “Nintendo 3DS” ainda era segredo.
Sim. Ouvi falar das caraterísticas do novo hardware e para além do SpotPass, que mencionámos há pouco, era mais poderoso de várias formas. Apercebi-me de que poderíamos fazer as coisas que não tínhamos conseguido fazer na Nintendo DSi e a minha motivação aumentou exponencialmente. Depois começámos a refazê-lo mas um dia, penso que em abril de 2010, disseram-me:, “Há uma coisa que quero mostrar-te!” e mostraram-me uma Nintendo 3DS pela primeira vez. Disse instantaneamente: “Ei!” Os gráficos sobressaíam de forma impressionante! (risos)
Pois! (risos)
Nunca ninguém me havia falado do 3D, por isso fiquei espantado. Senti que estávamos a fazer software para uma máquina verdadeiramente estelar. Juntamente com essa surpresa vieram muitas ideias para tornar a aplicação mais divertida.
Kondo-san, do ponto de vista do design, o que mudou da versão para a Nintendo DSi para a versão para a Nintendo 3DS?
A maior alteração foram os gráficos impressionantes. Na Nintendo DSi só vias o que tinhas escrito mas na Nintendo 3DS, os acessórios de escrita podiam ser em 3D e podias escrever mensagens que sobressaíssem, por isso essa foi a maior alteração.
Foi gratificante fazer a caneta que escreve em 3D?
Sim. Mas passámos por um grande processo de tentativa e erro para escrever em 3D. Inicialmente testámos uma caneta que fazia com que sobressaísse gradualmente à medida que se ia escrevendo, mas quando a usámos, tornou-se demasiado complicado controlá-la e não podíamos desenhar como queríamos.
Então houve muita experimentação.
Sim. E queríamos fazer uma coisa que todos pudessem usar, por isso, no final, criámos duas opções: escrever normalmente e escrever com a caneta 3D.
Podiam ter feito uma coisa mais complicada mas preferiram mantê-lo simples.
Sim.
Há pouco mencionaste o papel de carta . Como é que isso surgiu?
Voltando à altura em que estávamos a fazer a aplicação para a Nintendo DSi, muitas pessoas perguntavam-se o que deveriam escrever. Nós dávamos-lhes uma folha em branco e dizíamos: “É um diário em imagens. Escreve o que quiseres”.
Mas as pessoas com mais queda para a arte não tinham problemas.
Certo. Pensámos que essa seria uma razão pela qual as pessoas deixam de manter os seus diários e decidimos preparar tipos de papel de carta que estimulassem o seu desejo de escrever alguma coisa. Mas o seu design envolveu um longo processo de tentativa e erro.
Afinal, na vida real não existe papel de carta em 3D.
Exatamente. Então experimentámos todo o tipo de coisas relativamente à forma como podíamos desenhar tipos de papel de carta que agradassem aos utilizadores. Pensámos em temas sazonais, coisas que gerassem tópicos e coisas que se mexessem e complementassem a escrita.
Sim. E sabíamos que o papel de carta era particularmente popular entre as mulheres, por isso comprámos uma resma de livros de banda desenhada e revistas que as mulheres jovens pudessem ler!
Certo! (risos)
Lemos essas revistas e estudámo-las. E no ano passado, por volta do verão ou do outono, os tipos de papel de carta estavam quase prontos. Penso que existiam cerca de 40 tipos.
Não, fizemos cerca de 50.
Olhando para eles, achava que eram todos fantásticos.
Sim, elogiávamo-nos a nós próprios! (risos) Estávamos a dizer uns aos outros que tinha sido um bom trabalho.
OK! (risos)
Mas alguém tinha uma perspetiva diferente.
E chegamos à Kitai-san.
Sim! (risos)
Kitai-san, como se deu o teu envolvimento no design do papel de carta?
Inicialmente estava a trabalhar num projeto diferente como designer. Depois, por volta do verão ou do outono do ano passado (2011), pediram à nossa equipa de design para ver os designs.
Inicialmente só terias de ver o design.
Certo. Então outra designer e eu vimos os designs dos tipos de papel de carta. Eram interessantes e agradáveis mas não eram engraçados. Estávamos de acordo em relação a isso e decidimos escrever críticas algo duras, mas…
Mas?
Eu fui a única que escreveu opiniões sinceras. (risos)
(risos) O que escreveste?
Escrevi que eram “muito anos 90.”
Isso é escandaloso. (risos)
Não, lembro-me que foste ainda mais dura.
Sim. Ser “muito anos 90” não é assim tão severo. Por favor…sê sincera. (risos)
Não…tem mesmo de ser?
Sim, por favor. (risos)
…
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